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Segunda Pista da Imigrantes completará 20 anos no sábado (17)

Publicado em 12 de dez de 2022 às 17:00

Obra impulsionou o turismo e o desenvolvimento da Baixada Santista e segue como referência na engenharia nacional

A segunda pista da rodovia dos Imigrantes (descendente) completa 20 anos neste sábado, 17 de dezembro. Passadas duas décadas, a “rodovia caçula” do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) segue, até hoje, sendo considerada uma referência e um dos mais complexos projetos de engenharia rodoviária da América do Sul. 

Com 21 quilômetros de extensão e vencendo um desnível de 730 metros na Serra do Mar, a pista conta com inúmeros diferenciais. Entre eles, os longos túneis. São três ao todo, totalizando 8.230 metros, sendo o primeiro o mais longo, com 3.146 metros, na época o maior túnel rodoviário do País. 

Durante a construção dos túneis foram usados quatro jumbos, potentes equipamentos trazidos da Suécia, para a perfuração do maciço. Para garantir a segurança, não só durante os trabalhos, mas depois deles, cada vez que as escavações avançavam, era colocada estrutura metálica nas paredes e teto, e depois o concreto era aplicado por robôs para estabilizar. Raios laser também foram usados para a leitura de coordenadas específicas, garantindo assim o máximo de precisão no processo de perfuração. 

A via, também conhecida como “Nova Imigrantes” ainda possui nove viadutos, sustentados por um número bem menor de pilares que seu projeto original. Graças à tecnologia de ponta, foi possível aumentar a distância entre eles de 45 para 90 metros, o que contribuiu muito para a redução do impacto ambiental. A construção da segunda pista da Imigrantes desmatou quarenta vezes menos que a primeira (ascendente), inaugurada em 1976. 

Para chegar a esta marca, muito foi feito. Homens, equipamentos e materiais iam por guindaste até as obras, para que nada ao redor fosse afetado. Além disso, também para evitar desmatamento, foram usados como canteiro de obras e área de serviço, os mesmos espaços já utilizados no tempo da construção da primeira pista. Na construção dos viadutos do trecho de serra, foi usada a técnica do “balanço sucessivo”, que permite que o viaduto avance a partir dos próprios pilares, assim parte das formas do tabuleiro eram colocadas à frente e concretadas, e iam progredindo sucessivamente para ambos os lados.

Quatro estações de tratamento de água foram construídas, e toda a água contaminada durante a escavação dos túneis foi devolvida limpa. Após tanto cuidado com o Parque Estadual da Serra do Mar e reserva da Mata Atlântica, áreas em que a pista foi construída, a Ecovias conquistou a ISO 14001, referente a preservação do meio ambiente, se tornando assim a primeira concessionária de rodovias do mundo a ter esta certificação. A obra foi considerada ainda modelo de gestão ambiental por técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A tecnologia sempre foi aliada da Ecovias, desde o momento de construção da pista de descida da Imigrantes até os dias de hoje. Já inaugurada, a via trouxe inovações que atualmente são usadas nas principais rodovias do país. Os túneis possuem jatos ventiladores, sensores de gás carbônico, detectores de calor e medição do vento. Isso sem falar nas câmeras inteligentes com detecção automática de incidentes, e estações meteorológicas (com pluviômetros e visibilímetros) espalhados pela via.
O resultado deste investimento foi o conforto do usuário, redução do tempo de viagem e o aumento da capacidade de tráfego no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) de 8 mil veículos/hora para 14 mil veículos/hora. 

A segunda pista da Imigrantes também trouxe novas opções de operações no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), cujo objetivo é oferecer mais pistas no fluxo onde tem maior demanda de veículos. Ao todo, desde a sua construção, mais de 205 milhões de veículos de passeio já passaram por esta “jovem” rodovia, seja para levar motoristas para curtir uma praia ou para trabalhar. “Nosso desejo é que possamos fazer ainda mais nos próximos anos, continuamos a investir em novas tecnologias para entregar sempre a melhor experiência para o usuário”, afirma Ronald Marangon, diretor Superintendente da Ecovias. 

Números da pista:

21 km de extensão
3 túneis
9 viadutos
85 câmeras
420 mil metros cúbicos de concreto
25 mil toneladas de aço
4,5 mil trabalhadores
40 vezes menos desmatamento que a 1ª pista da Imigrantes
30 hectares de compensação ambiental e 50 mil mudas nativas de mata atlântica plantadas 
3.146 m tem o maior túnel da pista, o segundo maior do país
1.255 metros tem o Viaduto Descendente (VD) 7, o maior da rodovia
153 caixas de emergência contra incêndios
42 jatos ventiladores
+ 205 milhões de veículos já passaram pela pista

Sobre a Ecovias 
Responsável pela manutenção da principal ligação entre a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista — o Sistema Anchieta-Imigrantes —, a Ecovias integra o Grupo EcoRodovias e faz parte do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, sob fiscalização da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).

Sobre a EcoRodovias
A EcoRodovias, subsidiária do Grupo ASTM, é uma das maiores empresas de infraestrutura rodoviária do Brasil. Ao longo de mais de 20 anos, expandiu sua presença em corredores rodoviários de importação e exportação, bem como em relevantes eixos turísticos do país. Recentemente venceu o leilão de concessão do corredor Rio-Valadares e passará a administrar mais de 4 mil quilômetros de rodovias em oito estados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste – tornando-se a operadora com maior extensão de malha viária do país. Além disso, gerencia dois ativos logísticos – um pátio regulador e um terminal portuário que atendem ao Porto de Santos, o maior da América Latina. Para mais informações, acesse: www.ecorodovias.com.br.